terça-feira, 1 de dezembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Anúncio - Tabagismo

A minha história é simples,poderia ter acontecido com qualquer pessoa,de qualquer idade,que descobre a importância da vida e como ela pode nos surpreender. Meu nome é Marcos,tenho 50 anos. Desses 50, passei 35 anos casado com maços e maços de cigarro, 20 casado com minha mulher Martha e 10 tentando realizar nosso maior sonho: Ter um filho. E foi com a notícia da gravidez de Martha que tive a melhor notícia destes últimos 50 anos.
Pensei que durantes todos esses anos eu sabia os riscos que eu estava correndo em relação ao cigarro;o que nao considerava era o mal que eu fazia aos outros, tornando-os fumantes passivos. Não era aceitável o risco de desenvolver asma, bronquite e pneumonia por minha culpa.
Foi naquele exato momento, ao apagar o meu cigarro recém acendido, que eu decidi me separar dos maços. Algum tempo se passou e hoje estou aqui mais vivo do que nunca observando essa criança maravilhosa que me fez renascer.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Não eram passos o que havia na areia
Não seria humano um tão doce caminhar
Talvez nessa ilha tenha vivido uma sereia
Que pelas lendas de sua beleza me pus a navegar

Eu na ilha esperei por noites sem fim
Imaginando que um dia ela fosse voltar
Mas os dias terminavam e também a esperança em mim
Que o caminho de volta ela fosse encontrar

Mas não foi em vão que tanto tinha esperado
Uma noite entre as ondas vi algo a brilhar
Era o mais belo ser que D’us havia criado
Parecia um anjo saindo do mar

Seus cabelos castanhos deslizavam no vento
Seus olhos de amêndoa refletiam o céu
Fiquei a olhá-la em meu pensamento
Queria poder sentir seus lábios de mel

Ela tocava entre as ondas um piano do mar
Com um simples encanto que um humano não pode atingir
Talvez fora um príncipe quem a ensinou a tocar
Um príncipe de lendas que nunca chegou a existir

Ao me ver no horizonte ela abriu um sorriso
O brilho de um sol que nunca vi raiar
Esse sorriso tão lindo me mostrou que o paraíso
É a beleza que um leva dentro e não só um lugar

Ela me fez um sinal balançando a calda
Como se em terra ela fosse de ajuda precisar
A tomei em meus braços como uma esmeralda
Uma jóia que a natureza me quis confiar

Ela não tinha desejos, apenas um favor
Que eu a desse um nome pelo que via nela
Um que refletisse seu doce interior
E entre todos que conhecia escolhi Isabella

Então seu dedo na areia começou a deslizar
Escrevendo com tristeza palavras de amor
Me contando que um dia se machucou por amar
E que isto ainda deixava nela uma dor

Então perguntei se ela já vira na água sua face
Respondeu-me que nunca, mas queria saber o por quê
Talvez esse porque eu nunca desvendasse
Se eu não soubesse que D’us gastou um pouco mais de tempo em você

A sereia partiu numa linda manhã
Onde uma troca de olhares foi nosso simples despedir
Ela me prometera que voltaria amanhã
Um amanhã que durou dias sem nunca se cumprir

Eu na ilha fiquei até meu último dia
Esperando reencontrar só mais uma vez a sereia
Mas pra se um dia ela voltasse, escrevi essa poesia
Pra ela ver que o amor também deixa belas marcas na areia

Sete Chaves - Conto curto

Desde o dia em que ele me deixou, tranquei meu coração a sete chaves, e por dias e noites sem fim as escondi com medo de sofrer novamente, porém no dia em que resolvi procura-lás, já havia passado tanto tempo, que não me lembrava mais onde estavam.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Primavera de Sofia - Conto

No coração da primavera, quando as flores brotavam por todos os lados, havia uma pequena casa onde moravam quatro irmãs e seus pais. As quatro meninas eram de incrível beleza, porém Sofia a mais novinha era tão bela que o próprio sol ficava maravilhado quando iluminava o seu rosto. A vida por lá era tranqüila, as irmãs trabalhavam em um lindo campo com flores tão vivas que sentiam seus aromas a distância, frutas tão frescas e vistosas que era praticamente impossível evitar comê-las durante o trabalho, e as árvores eram altas e verdes que traziam uma leve brisa durante o dia quente. Tão jovem e ingênua Sofia sonhava em encontrar seu príncipe encantado, ela se sentava a beira de um riacho, onde ficava horas desvairando com o dia em que seu amado apareceria em um cavalo branco para levá-la para o seu castelo, onde pássaros cantariam do amanhecer ao anoitecer. Já suas irmãs que eram um pouco mais vividas, apenas riam de seu sonho, fazendo com que ele parecesse cada dia mais distante.
Em uma manhã como qualquer outra, como de costume a bela jovem sentou-se a beira do riacho, e foi quando subitamente escutou um pedido de ajuda. ”Socorro socorro” ouviu a menina, e logo já sabia que vinham em direção do próprio riacho, e sem pensar duas vezes soltou seus lindos cabelos loiros que estavam amarrados com uma fita vermelha, tirou seus sapatinhos de verniz e em pulo só foi atrás do jovem que pedia ajuda.Logo um pouco a frente já conseguiu avistar um rapaz que se segurava com toda sua força à uma pedra, para não ser levado com as águas.”Agüente firme, já estou chegando” disse Sofia, e no instante seguinte já tinha o misterioso jovem em seus braços, desmaiado na margem do rio.Ao acordar o jovem se deparou com profundos olhos cor de mel, que pareciam iluminados por uma luz ofuscante, e um pouco confuso com o acontecimento ele disse “estou sonhando?”, e já não eram mais os olhos que lhe prendiam à atenção, quando Sofia abriu seu delicado porém cativante sorriso, os dois já sabiam: estavam apaixonados.
Não havia cavalo branco, nem castelo e muito menos um reino mágico onde os pássaros cantam do amanhecer ao anoitecer, porém o sentimento era verdadeiro e sincero, o que já transformava o misterioso rapaz em um príncipe. Sofia acabou encontrando muito mais do que um conto de fadas, ela encontrou algo raro e precioso, um objeto extremamente desejado por todos, ela encontrou o verdadeiro amor.